SÍNDROME DE BURNOUT, PRESENTEÍSMO E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DE GESTORES DE UMA INSTITUIÇÃO JUDICIÁRIA FEDERAL

Resumo

Neste artigo se buscou identificar a correlação entre qualidade de vida no trabalho, presenteísmo e Síndrome de Burnout junto a gestores de departamentos de uma instituição judiciária federal, na cidade de São Paulo. Trata-se de um estudo de caso de caráter descritivo-exploratório, de corte transversal, adotando-se a estatística multivariada para análise dos dados. Foram utilizados os seguintes instrumentos: questionário contendo dados do perfil sociodemográfico e do perfil profissional; o questionário QVP-35, para avaliação da qualidade de vida no trabalho; o inventário MBI-GS, para determinar a ocorrência da Síndrome de Burnout; a escala SPS-6, para análise do presenteísmo, traduzidos para a língua portuguesa. Os dados foram tratados com Análise de Variância (ANOVA), buscando correlacionar as dimensões componentes de cada um dos questionários aplicados. Como resultado, tem-se que a variável relevante em relação à presença ou não de Síndrome de Burnout foi a escolaridade. Na análise entre as dimensões do QVP-35 frente à Síndrome de Burnout, as principais associações foram encontradas com a variável “Desconforto Relacionado ao Trabalho”. Já na correlação entre a Síndrome de Burnout e o presenteísmo, evidenciou-se a Exaustão Emocional como elemento preponderante. Os dados observados forneceram subsídios para a Administração do Tribunal, visando ao enfrentamento dos problemas constatados e à formulação de políticas de qualidade de vida no trabalho com viés preventivo dos agravos à saúde no âmbito institucional.